
O Instituto Butantan paralisou a
produção a produção da Coronavac por falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo
(IFA), a matéria-prima da vacina contra a Covid-19. O tema foi citado por Dimas
Covas, presidente do Butantan, e por João Doria (PSDB), governador de São
Paulo, na quarta-feira (7), em coletiva de imprensa.
A entrega da matéria-prima era esperada para esta semana, mas houve
um atraso e o Butantan conta com a chegada para a próxima semana. A produção já
havia sido paralisado em outros momentos à espera do IFA.
São aguardados 6 mil litros de IFA que darão origem a 10 milhões de vacinas. Apesar do adiamento no recebimento da matéria-prima, o instituto afirma que o
cronograma de entrega de doses não será afetado.
Em nota, o Butantan afirma que todas as doses de vacina feitas com
o IFA recebido já foram envasados e que 2,5 milhões de vacinas ainda estão
"em processo de inspeção de controle de qualidade — parte integrante do
processo produtivo — para serem entregues na semana que vem ao Programa
Nacional de Imunizações".
Levando isso em conta, o instituto afirma que "não interrompeu a produção da
vacina contra o novo coronavírus".
Com a nova remessa de IFA, o Butantan afirma que concluirá a entrega, até 30 de
abril, das 46 milhões de doses contempladas pelo primeiro contrato assinado com
o Ministério da Saúde.
Covas, em coletiva de imprensa, afirmou que o instituto tem intenção
de adiantar o cronograma de entregas e para isso conta com remessas maiores de
IFA vindas da China.
"E aí, quem sabe, adiantar a entrega dos 100 milhões [de vacinas], que estava
previsto para setembro, adiantamos para agosto e, se ocorrer a chegada de maior
volume de matéria-prima, adiantar para o final de julho", disse.
"Esperamos que isso possa acontecer".