
O Banco Central
(BC) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual,
de 12,25% para 13,25% ao ano, nesta quarta-feira, dia
29, por decisão unânime.
Essa foi a quarta
alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde setembro de 2023,
quando também estava em 13,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração
na política monetária. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano
passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta
de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
Em comunicado, o
Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que as incertezas externas,
principalmente nos Estados Unidos, suscitam dúvidas sobre a postura do Federal
Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Em relação ao Brasil, o texto
informa que a economia brasileira está aquecida, com a inflação cheia e os
núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia)
acima da meta de inflação, e que as incertezas sobre os gastos públicos provocaram
perturbações nos preços dos ativos.
“O comitê segue
acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a
política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos
sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma
relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, destacou o
comunicado.
Em relação às
próximas reuniões, o Copom confirmou que elevará a Selic em 1 ponto percentual
na reunião de março, mas não informou se as altas continuarão na reunião de
maio, apenas que observará a inflação. “Para além da próxima reunião, o comitê
reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo
firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da
dinâmica da inflação”, ressaltou.